Construção da relação objetal da criança autista e suas implicações no trabalho de intervenção precoce
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O bebê é capaz de brincar? Como seria a expressão desse brincar precoce, que antecederia o brincar simbólico? Poderíamos supor que a qualidade das primeiras explorações do bebê nos contaria algo sobre seu processo de adaptação ao mundo? A partir da perspectiva psicanalítica, pretendemos abordar de que forma o brincar sensorial do bebê funciona como matéria-prima para a construção de suas relações objetais e quais os sinais de possíveis percalços na produção do brincar simbólico da criança. Partindo da hipótese de que o brincar tem uma dupla função, pois é por meio dele que o bebê acessa a intersubjetividade e a criança equaciona seus impasses psíquicos, propomos neste livro pensar o lugar do brincar como um importante sinalizador de sofrimento psíquico.
Psicóloga formada pela PUC-SP, doutora pela Universidade de Paris 7. Entre os anos de 2005-2011 trabalhou como pesquisadora no PILE (Programme International pour le Langage de l’Enfant) (Paris-França). Pós-doutora pelo Instituto de Psicologia da USP.
É autora de diversos artigos no campo da clínica da infância, dedicando-se ao tema do brincar e suas implicações na constituição da subjetividade da criança, além dos estudos associados aos primórdios do psiquismo e as psicopatologias decorrentes dos traumas precoces. É idealizadora e fundadora do Instituto Entrelacer Psicanálise & Infância.
Prefácio: Os bebês sabem brincar?
Introdução – O bebê brinca?
Parte I
1. Freud e as origens da vida psíquica
2. Os diferentes conceitos de objeto para a psicanálise
3. A relação pulsão-objeto
4. O conceito de intersubjetividade e suas diferentes perspectivas
5. As neurociências e a psicanálise: um diálogo possível?
6. O autismo infantil: quando a relação objetal fracassa
7. Como o método da observação direta do bebê pode contribuir para o avanço da pesquisa em psicanálise?
Parte II
8. O que o brincar do bebê nos conta sobre seu processo de adaptação ao mundo?
9. O brincar da criança como vetor de comunicação de seu processo de maturação psíquica
10. A dupla função simbolizante do brincar e sua contribuição na detecção de sinais de autismo em bebês de risco
Referências