Difícil dizer, no livro que o leitor tem em mãos, o que lhe será de maior proveito: a narrativa muito bem construída de um caso clínico, a partir do que ocorreu nas sessões, e também das marcas que elas deixaram na analista? O uso criterioso das referências elencadas no “Percurso de Leitura”, que foram servindo de balizas tanto para as suas intervenções pontuais quanto para o entendimento (até onde possível) dos processos psíquicos em jogo no analisando, em sua família e nela própria? A escrita fluente e ao mesmo tempo precisa, superando a oposição estéril entre os estilos clínico e acadêmico? Talvez todos esses elementos, e mais outros que não cabem nesta nota?
Cada um terá sua opinião. Quanto a mim, ressalto uma passagem que me parece sintetizar o que Patrícia Mendes Ribeiro conseguiu no seu texto: “Compreender o que fazemos, e como o fazemos, é de fundamental importância tanto para a evolução do nosso método de trabalho quanto para reconhecer o seu limite de atuação.”
Na expressão consagrada, “falou e disse”.
– Renato Mezan
Mestre em Psicologia Clínica pela PUC - SP. Psicóloga, Psicanalista pelo Departamento Formação e Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Especialista em Psicologia Clínica com título reconhecido pelo CFP. É membro do Elabora Psicanálise. Atualmente atende adolescentes, adultos e casais em consultório particular. Dedica-se aos estudos que envolvam a prática clínica.
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