As reveries no encontro analítico
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Esta obra saborosa contém muitas ideias originais, que tornam sua leitura indispensável para nós, psicanalistas e professores. Constitui-se numa vacina contra a banalização de conceitos centrais à psicanálise contemporânea. Ana utiliza-se de uma bela linguagem metafórica para descrever e coreografar conceitos seminais e para bordar seus pensamentos: os ventos uivantes que espalham os conceitos, a figurabilidade como tema-ventania, a agulha-imagem do analista que segue cerzindo caminhos do inconsciente. É de se destacar o espaço que dedica à produção psicanalítica brasileira que, aos poucos, vai se constituindo numa cultura inovadora, ocupando seu espaço no ambiente psicanalítico internacional. Além de psicanalistas brasileiros, Ana transita também entre as ideias de autores franceses, italianos e estadunidenses, ilustrando bem a essência da psicanálise transmatricial. Essa capacidade de fazer interagir conceitos que vão se espalhando pelos ventos uivantes, fazendo germinar safras autorais e complexas, é uma das marcas da psicanálise brasileira.
Elias Mallet da Rocha Barros
Psicanalista, graduada em Psicologia, especialista em Psicologia Clínica: Teoria Psicanalítica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É mestre e doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisadora do Laboratório Interinstitucional de Estudos da Intersubjetividade e Psicanálise Contemporânea (LIPSIC) e membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi (GBPSF). Supervisora clínica e docente em cursos de graduação em Psicologia e pós-graduação em Psicanálise. Organizadora do livro Psicologia em cena: cinema, vida e subjetividade (2021), pela Fi Editora, e autora de capítulos nos livros Por que Ogden? (2023), pela editora Zagodoni, Vastas emoções e pensamentos imperfeitos: diálogos bionianos (2023), pela editora Blucher, Presenças e virtualidades: perspectivas psicanalíticas (2023), pela editora Pedro e João, e Why Read Ogden? The Importance of Thomas Ogden’s Work for Contemporary Psychoanalysis (2024), pela Routledge.
Saiba mais
Prefácio
O traçado e os contornos: uma introdução
Acertando a “pega”: uma experiência clínica para sonhar conceitos
1. O nascedouro de um protoconceito: a reverie em Bion
2. O campo-sonhante-intersubjetivo: lavoura, semeadura e colheita das reveries na clínica psicanalítica contemporânea
3. O cerzido teórico-clínico da reverie nas formulações de autores contemporâneos
3.1 A tessitura da reverie e suas pictografias analíticas: um ponto, alguns alinhavos
3.2 Thomas Ogden: a reverie e o conceito de terceiro analítico intersubjetivo
Pictografando as reveries do (e no) terceiro ogdeniano
Seguindo os pespontos imprecisos e criativos de Thomas Ogden
3.3 Pensamentos-palavra em busca de um narrador: Antonino Ferro e a reverie como derivado narrativo
Pictografia analítica via narrativas: a centelha vital
Pontilhando narrativas com Antonino Ferro
3.4 Da evocação dos símbolos à construção de significados: o casal Rocha Barros e o conceito de pictogramas afetivos
Pictografia analítica da expressividade simbólica
Dos vãos ao entreato: os Rocha Barros e as entrelinhas da simbolização
3.5 Entre cesuras: Marina F. R. Ribeiro e os conceitos de intuição psicanalítica e reverie
Da intuição à reverie: revelando a pictografia
Nos entrepontos intuitivos de Marina F. R. Ribeiro
3.6 Sonhando no corpo: Giuseppe Civitarese e a noção de reverie somática
Pictografias entre corpos: a reverie somática na dança do encontro
Civitarese e os enlaces intersubjetivos dos corpos
3.7 O casal Botella e o trabalho da figurabilidade
A escuta regrediente: pictografias do trabalho da figurabilidade
O viés contínuo da figurabilidade no ponteado expansivo dos Botella
4. Entrelaces finais: do incognoscível às transformações, da linha solta ao bordado
Referências