Os três atos e treze capítulos que compõem este livro nos oferecem uma ideia aproximada da variedade de horizontes e ângulos filosóficos, teóricos e clínicos que o pensamento de Wilfred R. Bion nos descortina. Dizemos “ideia aproximada” porque talvez sejam inesgotáveis os aspectos que essa obra comporta e que são de interesse para o psicanalista. Há muitos modos de se aproximar de Bion e de se “apropriar” (se é que a palavra se aplica) de temas e ideias bionianas; todos esses modos e caminhos são fecundos, úteis, estimulantes e, frequentemente, nos conduzem a... mistérios. Às vezes, vale a pena o esforço de trazer alguma luz aos mistérios; outras vezes, o melhor é dar mais espaço a eles, expandir nossa capacidade psíquica de tolerá-los e fazê-los operar em nossa mente. Não por acaso, a última parte da coletânea associa o vir a ser do analista a um certo emaranhamento inconsciente.
Psicanalista. Professora doutora do Instituto de Psicologia da USP (IPUSP). Coordenadora do LipSic: Laboratório Interinstitucional de Estudos da Intersubjetividade e Psicanálise Contemporânea. Autora de diversos livros e artigos, entre eles: "De mãe em filha: a transmissão da feminilidade". Coautora de: "Bion em nove lições: Lendo Transformações"; coautora de "Por que Klein?"; organizadora de "Por que Ogden?"; coautora de "Chuva n'alma: a função vitalizadora do analista".
Saiba maisPsicanalista; doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP. Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP e da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC-SP. Coordenadora do Laboratório Interinstitucional de Estudos da Intersubjetividade e Psicanálise Contemporânea (LIPSIC) – IPUSP/ PUCSP. Autora de diversos livros e artigos, entre eles: coautora dos livros: "Por que Klein?"; "Melanie Klein: estilo e pensamento" e "Folha Explica Melanie Klein".
Saiba mais
Abrindo os diálogos – Vastas emoções e pensamentos imperfeitos
Marina F. R. Ribeiro
Elisa Maria de Ulhôa Cintra
Primeiro ato – Diálogos bionianos
1. Implicações epistemológicas em contraponto a uma interpretação simplista do enunciado de Bion: sem memória, sem desejo e sem compreensão prévia
Elias Mallet da Rocha Barros
Segundo ato – Entrelaces dialógicos entre a clínica e a teoria bioniana
7. Deslocamentos: uma odisseia bioniana
Thais Mariana Arantes Ferreira, Davi Berciano Flores, Renato Trachtenberg e Evelise de Souza Marra
8. Meu corpo, meu palco
Julio Conte, Maysa Marianne Silva Bezerra e Claudia Mazzini Perrotta
9. Luz, câmera, ação: a mente do analista
Rachele da Silva Ferrari, Ana Fatima Aguiar, Gina Tamburrino e Anie Sturmer
10. Pares e triângulos: preconcepção e pensamento
Victor de Jesus Santos Costa, Cristiana Regina Ferreira de Aguiar Ponde e Julio Frochtengarten
11. Entre leiteiros e bombas: sobre a reverie nos grupos
Pedro Hikiji Neves, Pablo Castanho e Carla Penna
Terceiro ato – O analista no seu ofício contínuo de vir a ser e o emaranhamento inconsciente
12. A função psicanalítica da personalidade do analista e a linguagem de alcance (o analista no seu ofício contínuo de vir a ser)
Marina F. R. Ribeiro
13. Emaranhamento inconsciente
Ignacio Gerber
Sobre os autores