Ensaios sobre acesso, autorização e pertencimento em psicanálise
R$ 86,00
“Construir uma psicanálise pertinente a seu tempo e meio” – este é o desafio de Wilson Franco. A relevância deste propósito, em si, já seria suficiente para que o livro fosse recomendável. Contudo, a originalidade e o rigor do autor e a resoluta aposta nas possibilidades de expansão da psicanálise tornam este livro tão importante no contexto psicanalítico brasileiro.
O autor faz do pensamento do analista objeto de reflexão: o que permite compreender como este pensar se constrói e opera? Quais elementos podem ser reconhecidos como seus determinantes: sua filiação teórica? Sua classe social? Sua racialidade? A valoração que a psicanálise tem na sociedade brasileira? Sua herança eurocêntrica?
Caminhando sem recuar por este espinhoso terreno, o autor se situa em oposição à velha presunção de neutralidade do analista, em crítica à pretensa condição de extraterritorialidade da psicanálise e às suas consequências teóricas e em defesa de uma psicanálise rigorosa e pertinente.
Maíra Godói
Introdução: os lugares da práxis clínica na cultura e na sociedade
Parte 1 – Autorização em psicanálise: uma visão de conjunto sobre o lugar de pensamento habitado pelo psicanalista ao exercer sua práxis
1. Autorização em psicanálise: elementos intervenientes
2. Autorização em psicanálise: uma proposta de sistematização do processo em sua dimensão singular
3. Os autores canônicos e seu lugar nos jogos de autorização
4. A trajetória pessoal do analista e seu impacto no trabalho clínico: um mapeamento preliminar
Parte 2 – Sobre a constituição do espaço mental habitado pelo psicanalista
5. Da confiabilidade da psicanálise do ponto de vista do candidato a psicanalista ou psicanalista iniciante
6. O psicanalista, sua solidão e companhias fantasmáticas
7. O paciente princeps e a formação do analista
8. Marvels: o analista em formação e sua relação com os superpsicanalistas
Parte 3 – Por uma psicanálise pertinente à situação brasileira (questões ligadas à psicanálise enquanto comunidade e movimento)
9. Um enorme passado pela frente: nosso Brasil e a psicanálise
10. Presença e efeitos da branquitude na práxis clínica de um homem branco: um depoimento
11. Se o inconsciente tem cor: um estudo exploratório
12. Considerações preliminares para um campo psicanalítico desvencilhado do eurocentrismo e do elitismo
13. Considerações finais
Referências
Sobre o autor