Nos vinte ensaios reunidos neste livro, Jean-Claude Rolland realiza uma investigação metapsicológica aguda e criativa a respeito do funcionamento do inconsciente, destacando a função radical da palavra e da língua no processo analítico.
Por quais vias a atividade da fala, tal como se dá na intimidade da sessão analítica, constitui-se como principal instrumento, capaz de instaurar transformações na vida psíquica e consequentemente o êxito da análise? Quais lugares a imagem, com sua substância sensorial, e a palavra ocupam nos processos psíquicos?
O autor debruça-se com inspiração e paixão sobre estas questões, apoiando-se na metapsicologia freudiana, e numa escuta analítica fina e sensível, apresenta-nos hipóteses consistentes, e com grande valor heurístico, acerca das propriedades da língua e das operações que ela executa no seio do tratamento psicanalítico.
Jean-Claude Rolland é psiquiatra e faz parte de um grupo de psicanalistas da Association Psychanalytique de France (APF) que trabalha em Lyon, onde ocupa a posição de membro titular. Já foi vice-presidente e presidente da APF, além de ter participado ativamente da International Psychoanalytical Association (IPA). Com grande liberdade de pensamento aliada a sua expressiva tolerância clínica, o autor caracterizou-se por sua independência de pensamento, tendo desenvolvido uma pesquisa original sobre o trabalho da linguagem e sobre o sofrimento no funcionamento psíquico de pacientes. Por sua curiosidade, sua cultura e seu conhecimento das ciências humanas e das artes, Jean-Claude foi capaz de reinterrogar a reflexão psicanalítica, sobretudo a freudiana, a serviço de uma renovação da prática clínica psicanalítica. É também autor dos livros Curar do mal de amor (1998), Avant d’être celui qui parle (2006) e Quatre essais sur la vie de l’âme (2015)
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