O emprego de conceitos psicanalíticos para apreender algo da vida social e da criação cultural, além de iluminar ângulos delas talvez inacessíveis de outro modo, reverbera sobre a própria Psicanálise, refinando seus instrumentos e aguçando a percepção de quem os utiliza. Os ensaios aqui reunidos buscam explorar alguns problemas que permitem verificar esta hipótese, ou melhor, essa aposta na fecundidade do encontro entre temas e noções que à primeira vista não parecem prometidos uns aos outros. Analisar é separar, dissolver, desligar, mas também é abrir espaço para que se estabeleçam novas conexões e para que se instaurem significações inéditas. Se em alguma medida elas puderem ser vislumbradas nos textos que se seguem, eles terão cumprido sua função: abrir perspectivas das quais possam surgir novas contribuições e novos problemas.
Renato Mezan
Nasceu em 1950. Doutorou-se em filosofia e veio a se tornar psicanalista. É professor titular da PUC de São Paulo, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e de instituições nacionais e internacionais de pesquisa na sua especialidade. Dos seus livros, a Blucher publicou Freud, pensador da cultura, Sociedade, cultura, psicanálise, Interfaces da psicanálise e O tronco e os ramos, laureado com o prêmio Jabuti na categoria Psicologia e Psicanálise.
Saiba mais
Apresentação da 1ª edição
Nota à 2ª edição
Nota à 3° edição
1. A sombra de Don Juan: a sedução como mentira e como iniciação
2. Esquecer? Não: In-quecer
3. Existem paradigmas na psicanálise?
4. Que significa “pesquisa” em psicanálise?
5. Explosivos na sala de visitas
6. O Bildungsroman do psicanalista
7. A psicanálise na cultura
8. “Violinistas no telhado”: clínica da identidade judaica
Nota sobre a origem dos textos
Índice remissivo
Índice de obras e de autores