Para que serve escrever, publicar e ler o que nós, analistas, chamamos de “material clínico”? A resposta que encontramos na Apresentação deste livro é “para possibilitar uma reflexão psicanalítica”. A amplitude da afirmação não a impede de ter contornos razoavelmente precisos: reflexão, ou seja, atividade racional visando à compreensão dos fenômenos expostos, e psicanalítica, ou seja, servindo-se dos conceitos e hipóteses construídos e validados no campo de saber inaugurado por Freud.
É isso que, em última análise, justifica a apresentação de fragmentos clínicos: são exemplos, que para o analista iniciante têm uma função análoga à da residência hospitalar para os médicos recém-formados, e para os mais veteranos permitem o diálogo com seus pares, ou mesmo a reconsideração de posições sobre tal ou qual aspecto do nosso difícil mas apaixonante ofício.
Que estes incentivem nossos colegas e estudantes a prosseguir na construção do seu próprio caminho como analistas!
Renato Mezan
Psicanalista e escritor, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Spientiae (São Paulo), onde coordena o grupo “Psicanálise e Cultura” e integra o corpo editorial da revista “Percurso”. Membro fundador da Associação Brasileira de Psicanálise de Casal e Família (ABPCF). Tem artigos publicados em revistas especializadas e na grande imprensa. Autor de vários livros de literatura e psicanálise, entre eles Mergulhador de Acapulco, O psicanalista vai ao cinema (4 volumes), Fragmentos clínicos de psicanálise, Visita às casas de Freud e outras viagens, entre outros. Ganhador do Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria Literatura – Contos em 2002. Foi colunista do jornal O Estado de São Paulo de 2011 a 2013.
Saiba mais
Psicóloga formada pela Instituto de Psicologia da USP, assim como supervisora certificada pelo CRP-SP. Psicanalista membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (São Paulo). Coeditora da seção “Debates clínicos” da Revista Percurso. Membro do grupo “Psicanálise e Cultura” do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (SP).
Psicóloga e psicanalista, é membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (SP). Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Membro do Grupo Brasileiro de Pesquisa Sandor Ferenczi. Professora assistente do curso de psicologia da Faculdade de Ciências Humanas e Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Coorganizadora do livro História de mulheres – leituras psicanalíticas (Editora Zagodoni). Organizadora do livro Sujeitos da psicanálise – Freud, Ferenczi, Klein, Lacan: diálogos teóricos e clínicos (Editora Escuta). Coeditora da seção “Debates clínicos” da revista Percurso. Tem capítulos nos livros Freud e o patriarcado (Editora Hedra), Atendimento psicanalítico da depressão (Editora Zagodoni), Ferenczi: pensador da catástrofe (Ed. Zagodoni), Ferenczi: inquietações clínico-políticas (Editora Zagodoni), Provocações para a psicanálise no Brasil – racismo, políticas identitárias, violências e colonialismo (Editora Zagodoni), Sonhar – figurar o terror, sustentar o desejo (Editora Zagodoni), Perto das trevas – a depressão em seis perspectivas psicanalíticas, Vozes da Psicanálise: clínica, teoria e pluralismo. Volume 1 – 1900-1942 (ambos publicados pela Editora Blucher).
Apresentação
Sérgio Telles
Caso 1: O boneco assassino
Sérgio Telles, Carlos Guillermo Bigliani, Elias Mallet da Rocha Barros e Elizabeth Lima da Rocha Barros
Caso 2: O Caso R.
Mario Eduardo da Costa Pereira, Alcimar Alves de Souza Lima e Marion Minerbo
Caso 3: O Caso Antônio
David Léo Levisky, Christian Dunker e Flávio Carvalho Ferraz
Caso 4: O Caso Luciano
Luiz Carlos Uchôa Junqueira Filho, Luís Claudio Figueiredo e Silvia Leonor Alonso
Caso 5: O homem que ia ao bairro escuro
Rodolfo Moguillansky, Bernardo Tanis e Isabel Mainetti de Vilutis
Caso 6: O guardião de enigmas
Paulo de Carvalho Ribeiro, Miguel Calmon du Pin e Almeida e Lucía Barbero Fuks
Sobre os autores