Este livro examina a construção progressiva da noção de função paterna e sua relevância para a psicanálise. A distinção entre o pai assassinado (narcísico) e o pai morto é considerada um paradigma para a compreensão de diferentes psicopatologias, bem como de obras literárias, da antropologia e de acontecimentos históricos. São introduzidos novos conceitos, como “um pai é espancado”, e uma distinção entre o après-coup descritivo e o après-coup dinâmico, inaugurando uma compreensão psicanalítica da temporalidade. O livro inclui uma reflexão sobre como os conceitos de instinto de morte e de negativo podem auxiliar a compreensão de Auschwitz, um momento que a autora caracteriza como “o assassinato do pai morto”.
A obra é uma importante referência intelectual e clínica e será leitura obrigatória para psicanalistas, psicoterapeutas, antropólogos e historiadores, bem como estudantes de todas essas disciplinas.
É analista didata, supervisora e presidente (2019-2022) da Sociedade Britânica de Psicanálise. É professora visitante da Unidade de Psicanálise da University College London e membro correspondente da Sociedade Psicanalítica de Paris. É Ph.D. em Antropologia Social pela London School of Economics, University of London. Em 2006, foi selecionada como uma das Dez Mulheres do Ano pelo Conselho Brasileiro de Mulheres. Possui uma clínica psicanalítica particular em Londres.
Saiba mais
Agradecimentos
Prefácio de Gregorio Kohon
Introdução
PARTE I
Função paterna: considerações teóricas e clínicas
1. Pai assassinado, pai morto: revisitando o complexo de Édipo
2. Um pai é espancado
PARTE II
Terceiridade e temporalidade
3. Função paterna e terceiridade na psicanálise e no mito: o futuro terá sido previsto?
4. O inquietante: terceiridade e temporalidade
PARTE III
O complexo de Édipo é universal?
5. O enigma do Édipo na psicanálise e na antropologia social
6. A função estruturante do complexo de Édipo
PARTE
O assassinato do pai morto
7. O assassinato do pai morto como habitus
Pós-escrito
Glossário
Referências
Índice remissivo