O fenômeno do suicídio pode apresentar-se com a roupagem de uma época, de uma cultura, mas há algo nele de universal: o sofrimento humano. Muitos gostariam de encontrar um mundo novo e em postura de recusa ao vivido, o indivíduo suicida decide morrer. Este livro expõe os achados de uma pesquisa que buscou escutar essas pessoas, na cidade de São Paulo. O que leva tantas pessoas a abreviar a própria vida?
Em busca de respostas, a psicóloga e antropóloga Maria Luiza Dias analisou as chamadas “mensagens de adeus” – bilhetes, cartas, fitas de áudio deixadas por suicidas. Nesses testemunhos (que o livro traz na íntegra) manifesta-se o desespero de quem não encontra nada mais a fazer de sua existência. No ápice de um comportamento autodestrutivo, desejam ativamente morrer. Mas Suicídio e os testemunhos de adeus mostra que não é possível falar da morte sem antes pensar na vida – e assim examina, de forma extremamente original, as relações humanas, nas quais o suicídio emerge como um ato de linguagem, de comunicação.
Uma obra de impacto, contundente e instigante.
Psicóloga com formação em Antropologia e Psicanálise. Foi docente em diversos cursos de graduação e pós-graduação. Concluiu Ciências Sociais e mestrado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), fez doutorado e pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Fundadora, coordenadora e docente no Instituto Laços Psicologia (1990). Orientadora profissional de jovens vestibulandos e de adultos em revisão/reorientação de carreira. Também atua como psicoterapeuta individual, de casal e família. É membro fundador da Associação Brasileira de Terapia Familiar (ABRATEF) e da Associação Brasileira de Psicanálise de Casal e Família (ABPCF). Autora de diversos livros, tendo sido coorganizadora da obra Dicionário de psicanálise de casal e família, pela Blucher.
Agradecimentos
Apresentação à 2ª edição
Prefácio
Introdução
I. A interpretação da literatura
II. São Paulo e o Centro de Valorização da Vida (CVV) – Samaritanos na cidade
III. As mensagens de adeus como objeto de análise
IV. O tabu da morte na sociedade ocidental e o imaginário suicida representado no material de adeus
V. O narcisismo nas mensagens de adeus
Conclusão
Referências
Bibliografia complementar
Anexos