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A cura pela fala, que teve início ainda no século XIX e em que “Anna O.”, como uma espécie de Sherazade, criava contos de fadas que diminuíam os efeitos da histeria — que a ajudaram a se curar e permitiram que Breuer desenvolvesse seus métodos terapêuticos —, continuou também durante a vida posterior de Bertha Pappenheim. Foi falando, inventando narrativas, peças de teatro, discursos e conversando com mulheres de todas as classes e origens, que ela reinventou a própria história e transformou a de tantas outras. Imaginar mundos pode parecer uma fuga, mas, na realidade, é um caminho para o reconhecimento de si e do outro e para o enfrentamento do que parece insolúvel.
– Noemi Jaffe
Em 1888, Bertha Pappenheim escreveu seu primeiro livro, Pequenas histórias para crianças. A publicação marca o fim de um período extenso de 7 anos de internações e de seu processo terapêutico com Breuer. Desde então não parou mais de escrever. Primeiro em anonimato, depois com um pseudônimo masculino até assumir seu próprio nome. Peças de teatro, artigos em jornal, contos infantis, traduções, poemas e falas públicas. Se com Bertha Pappenheim a psicanálise ficou conhecida como a cura pela palavra, podemos pensar a cura pela escrita como sua forte aliada nas lutas às quais se dedicou ao longo da vida.
“Cumpre estar pronta para o tempo e a Eternidade”: o legado de Bertha Pappenheim
Melinda Given Guttmann
Linha do tempo
Julia Fatio Vasconcelos
Relato de Bertha Pappenheim sobre a sua doença
Neve de verão
A ninfa do lago
Direito da mulher: peça em três atos
Movimento feminista moderado e radical
Contra o tráfico de meninas
Mensagem de rádio para o senhor Wilson, presidente dos Estados Unidos
Os vários nomes de uma mulher
Ilana Feldman
Índice onomástico