Um caso clínico-político
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Nesta obra, a autora detecta de forma inédita o modo de operação dos processos autoritários sobre o sujeito em situações de violência e subalternização – o impedimento do luto aí comparece como estratégia política de silenciamento. Avança também na direção do tratamento dessas questões, fundamentando a prática psicanalítica clínico-política realizada no território onde os sujeitos tecem seus cotidianos, moram, trabalham, nascem e morrem.
Este trabalho foi um dos que fundamentou e alicerçou o lugar da política na clínica psicanalítica quando a maioria dos psicanalistas julgava ser a política um campo exterior ao campo psicanalítico, ou que a psicanálise poderia contribuir para a análise filosófica e/ou para a crítica social das violências, sem desdobramentos para a prática clínica, sem a escuta dos sujeitos enredados nessas tramas de poder.
Miriam Debieux Rosa
É psicóloga, psicanalista, foi participante do Núcleo Psicanálise e Sociedade (PUC-SP/USP) e uma das fundadoras do Laboratório Psicanálise, Sociedade e Política na USP, em 2002. Trabalhadora e militante da saúde mental pública e coletiva. Trabalha na clínica, em consultório, e como supervisora de equipes que atuam em instituições da área da assistencial social e da saúde.
Introdução
Parte I. Caso clínico-político e o território
1. O silêncio de Flor: amor, dor e resistência na experiência do luto em situações de violência
2. A experiência do luto em situações de violência: qual o lugar do e para o luto?
Parte II. Cálculos dos valores de vida e de morte
3. Circunstâncias da perda e lutos impedidos
4. Lugar do luto impedido: “no entre duas mortes”
5. Valor ou importância no tempo de vida e das vidas
6. Vidas em segredo
Parte III. Uma experiência em saúde pública e o método clínico-político
7. O singular do caso que recorta o coletivo e a dimensão política do sintoma
8. Considerações finais
Notas
Posfácio
Ana Gebrim
Pós-escrito
Referências
Anexo A - Nunca acreditei na Justiça, desabafa mãe de Acari
Anexo B - Major do Bope ironiza morte de sequestrador do 174