A questão da dimensão ética em ser e tempo faz uma reflexão sobre os elementos que caracterizam esta obra de Heidegger como uma “ética originária”. Mostra que, diferentemente das éticas tradicionais, para Heidegger, a existência humana não pode ser determinada por nenhum princípio ou regras supremas, mas possui como único fundamento o fato de ser “projeto-lançado” no mundo e, por isso, é implicada com o seu poder-ser. As noções de "culpa" e de "consciência" são discutidas pelo Filósofo no sentido exclusivamente ontológico e dão ao texto o sabor do que chamamos de uma "ética originária".
Marcela Barbosa Leite é doutoranda em Filosofia pelo Programa Integrado UFPE/UFPB/UFRN, mestre em Filosofia na área de Metafísica pela Universidade Federal de Pernambuco, graduada em Filosofia pelo Instituto Salesiano de Filosofia e em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco. Atualmente é professora no Curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciência e Letras de Caruaru (FAFICA) e do Curso de Direito da Faculdade de Direito de Garanhuns (FDG) e Administração da Faculdade de Administração de Garanhuns (FAGA).
Saiba mais
INTRODUÇÃO
1. O LUGAR DA ÉTICA NA REPOSIÇÃO DA QUESTÃO DO SER
1.1 A relação entre ontologia e ética
1.2 Do esquecimento do ser a uma ética originária
1.2.1 A pergunta pelo ser no Primeiro Heidegger
1.2.2 A pergunta pelo ser no Segundo Heidegger
1.3 A questão fundamental: uma "meta-ética"?
2. HEIDEGGER E O FUNDAMENTO
2.1 A "desconstrução" do princípio de fundamento
2.2 O Dasein como o fundamento primordial
3. UMA ÉTICA DA FINITUDE NA ANALÍTICA EXISTENCIAL
3.1 O caráter originário de uma ética em Heidegger
3.2 A finitude do ser e do Dasein
3.3 O ter-que-ser como conceito ontológico-existencial do dever
3.4 O Quem da conveniência cotidiana
3.5 Angústia: abertura privilegiada ao poder-ser próprio
3.6 O ser-culpado como constituição ontológica
3.7 O sentido existencial-ontológico da responsabilidade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS