Andanças cinemáticas e reflexões psicanalíticas
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Errâncias.
O inconsciente ordena-se pelas bordas que norteiam a clínica, de modo que, para atravessar as singularidades, é preciso contrapor-se decididamente às fronteiras rígidas entre o dentro e o fora, assim como entre o olhar, a escrita e a escuta. Entre cinema, psicanálise e literatura, Miriam Chnaiderman percorre o real pelas suas dobras e arestas como um aprendiz inquieto nas suas errâncias poéticas.
– Joel Birman
Psicanalista, documentarista, ensaísta. Faz parte do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, onde é professora do curso de Psicanálise. Tem mestrado pelo Programa de Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), doutorado em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e pós-doutorado pelo Programa de Fundamentos da Psicopatologia da PUC-SP. Dirigiu vários filmes premiados no Brasil e internacionalmente. Participou do Coletivo Escutando a Cidade.
Advertência ao leitor
A construção do livro
Introdução – Uma psicanálise errante
O nascimento do cinema em uma psicanalista
Parte I – Dizem que sou louco
1. O acontecimento Dizem que sou louco
2. Escrituras urbanas
3. Texto/manifesto
Parte II – Artesãos da morte
4. Um documentário sobre a morte
5. A psicanálise diante da morte
6. A experiência do limite: um documentário, por um triz, uma crônica
Parte III – O filme que não aconteceu: De alma na mão
7. Construindo o Ar(l)ma na mão: do Cemitério da Consolação ao Fórum em Defesa da Vida
Parte IV – O documentário que aconteceu: M’Boi Mirim: dos índios, das águas, dos sonhos
8. Retomando o Alma na mão como Mão na alma – M’Boi Mirim
Parte V – Gilete azul
9. Conhecendo Nazareth Pacheco
10. Inventando corpos e/ou desvelando o erótico em inquietante devassidão: o encantamento dolorido
Parte VI – Isso, aquilo e aquilo outro, Você faz a diferença, Afirmando a vida
11. A tragédia cotidiana do preconceito
12. Intervindo no mundo, participando do programa Educando pela Diferença para a Igualdade: minorias, discriminação étnica, preconceito, miséria... da tragédia cotidiana a uma ética da alteridade
13. Afirmando a vida: por uma psicanálise pintada de urucum e jenipapo
14. Transnacionalismos, identidades e a psicanálise
Parte VII – Passeios no recanto silvestre
15. Um filme sobre José Agrippino de Paula
16. Panaméricas de utópicos Embus: acolhendo enigmas
17. Filmar a loucura: “Tudo que se imagina, é” – Estamira e José Agrippino
18. José Agrippino morreu
Parte VIII – Procura-se Janaína
19. Hurbinek: o que aprendemos com Primo Levi
20. O Brasil das crianças sem lugar no mundo: a construção do documentário Procura-se Janaína
21. Reencontrando Janaína
Parte IX – Sobreviventes
22. Sobreviventes: da pesquisa ao documentário
23. Transformando ideias em imagens: sobre a realização do documentário
24. Buscando baobás na aridez do asfalto: instaurando origens
Parte X – De gravata e unha vermelha
25. Fisgada pelo mundo: de gravata e unha vermelha
26. Sexualidades em cena e/ou sexualidades encenadas: o sexual
27. Com qual sexo se faz qual sexo se somos mil sexos
28. É possível ser gender fucker?
29. As famílias e as novas sexualidades
Parte XI – O silêncio que fala
30. A luta de um coletivo faz um documentário acontecer: o silêncio que fala
Parte XII – O oco da fala, O grito silenciado, Em busca da dignidade
31. Corpos ausentes e presentes
32. A representação do inomeável: três documentários para a Clínica do Testemunho
33. Duas crônicas: as filmagens de O oco da fala
Parte XIII – Conclusão infinda
34. Fluxos em espiral
35. A escuta do fora e a escuta do dentro: estar na cidade