É comum, ainda hoje, muitos psicanalistas agruparem a Escola Inglesa de Psicanálise em um mesmo conjunto, anulando as singularidades dos autores que a compõem. Também é frequente, em nosso campo, esquecermos das influências que o pensamento de um autor exerceu sobre o outro – negando suas origens históricas. É exatamente pela via oposta que segue o livro de Filipe Pereira Vieira, que realizou uma pesquisa profunda e rigorosa sobre as convergências e as divergências da interpretação psicanalítica para Klein e Winnicott. Valendo-se de uma escrita envolvente, humilde e didática, Filipe nos convida a mergulhar nesses dois universos que, paradoxalmente, são tão distintos e, por vezes, tão similares. Para tanto, ele empreende uma análise minuciosa dos famosos casos Richard e Piggle. Posso afirmar, com segurança, que este material se consagra como um clássico indispensável à nossa prática clínica.
Alexandre Patricio de Almeida
Psicanalista, mestre e doutor em Psicologia Clínica pela PUC-SP
É psicanalista e psicólogo clínico. Mestre e doutorando em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor convidado da pós-graduação do Centro Universitário de Votuporanga (Unifev) e do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP). Autor de diversos artigos científicos e de capítulos de livros. Cocriador do podcast Psicanálise de boteco. Autor do livro A interpretação psicanalítica: revisitando Klein e Winnicott (Blucher, 2025).
Saiba mais
Agradecimentos
Prefácio: Dois estilos, duas concepções
Alfredo Naffah Neto
Prólogo: Winnicott e Klein: o par perfeito para uma clínica viva e atual
Alexandre Patricio de Almeida
Introdução: Sobre a origem da pesquisa
1. Apresentação dos casos Richard e Piggle
2. Breves considerações sobre a clínica de Melanie Klein:o sentido das interpretações
3. Breves considerações sobre a clínica de D. W. Winnicott: uma ênfase na interpretação e no manejo
4. Klein e Winnicott: aproximações e afastamentos na clínica psicanalítica
Considerações finais