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O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do MASP foi a primeira escola de desenho industrial do Brasil. Inaugurada em 1951, com a exposição de obras do artista suíço Max Bill, a escola reuniu grandes nomes. Entre seus professores estavam Lina Bo Bardi, Pietro Maria Bardi, Jacob Ruchti, Oswaldo Bratke, Roger Bastide, Flávio Motta, entre outros. Lá estudaram alguns dos que formariam uma geração de importantes designers modernos brasileiros, entre os quais Alexandre Wollner, Emilie Chamie, Estella Aronis e Ludovico Martino. Ethel Leon discute as origens intelectuais da escola, retomando as diferentes fases da Bauhaus e do Instituto de Design de Chicago. Debate seus dilemas no ambiente paulistano que se modernizava e os entraves à sua continuidade, que são problemas originários de nossa condição periférica, especialmente nos anos anteriores à grande arrancada industrialista do governo Juscelino Kubitschek. Escola original, que compreendia atividades ligadas à Moda, ao Design Gráfico e de produtos, vinculada às práticas artísticas do Museu, o IAC antecedeu a lendária escola de Ulm e igualava, entre seus heróis, os arquitetos utópicos europeus e os designers do mercado norte-americano. Muito mencionada em trabalhos de História do Design Brasileiro, a escola ainda não ganhara pesquisa específica, que se encontra neste volume, enriquecida com prefácio ensaístico da professora Ana Maria Belluzzo.
Ethel Leon é jornalista, professora de História do Design e editora da revista eletrônica de design Agitprop. É autora de Design brasileiro: quem fez, quem faz (Senac RJ, 2005); do texto de João Baptista da Costa Aguiar: desenho gráfico (Senac, 2006); Memórias do design brasileiro (Senac SP, 2009); coautora, com Marcello Montore, do capítulo Brasil de Historia del diseño em América Latina y el Caribe (Blucher, 2008). Curadora de exposições de Design Brasileiro no Brasil, na França e na Alemanha.
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