A presente pesquisa abordou o estudo em escala real do tratamento de lixiviado de aterro sanitário em um sistema composto por dois filtros anaeróbios seguidos de dois banhados construídos. O trabalho foi desenvolvido na Estação de Tratamento de Lixiviado do aterro sanitário pertencente à Central de Resíduos do Recreio, localizada em Minas do Leão/RS. Pretendeu-se verificar a eficiência do sistema na remoção de matéria orgânica e de nitrogênio amoniacal. A Fase 1 da pesquisa, que avaliou o desempenho dos filtros anaeróbios quando operados em série, indicou que a quase totalidade da remoção de matéria orgânica facilmente biodegradável ocorreu no primeiro filtro, evidenciando que, para o tratamento do lixiviado em questão, não é interessante a utilização de dois filtros anaeróbios de fluxo ascendente semelhantes em série. A Fase 2 avaliou o desempenho dos filtros anaeróbios operados em paralelo e dos banhados construídos. Foi possível concluir-se que: filtros anaeróbios de fluxo ascendente são excelente alternativa para o tratamento de lixiviado de aterro sanitário, pois podem viabilizar remoções de matéria orgânica superiores a 50%; banhados construídos representam uma ecotecnologia interessante para o complemento do tratamento de lixiviado, pois podem viabilizar elevadas remoções de N-amoniacal.
Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (2008). Aluno do Programa de Doutorado em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina. Responsável Técnico pela FBF - Engenharia Ltda. desde 2004, atua na área de Engenharia Sanitária no desenvolvimento de projetos de pesquisas e projetos técnicos (básicos e executivos) relativos a Resíduos Sólidos, Domésticos e Industriais, Esgotos Sanitários e Industriais, Águas de Abastecimento e Drenagem Urbana.
Saiba mais
Capítulo 1 - INTRODUÇÃO
Capítulo 2 - OBJETIVOS
2.1. Objetivo principal
2.2. Objetivos específicos
Capítulo 3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Conceituação, geração e caracterização de lixiviado de
aterro sanitário
3.2. Processos de tratamento de lixiviado de aterro sanitário
3.2.1. Remoção de amônia por aeração mecânica
3.2.2. Adsorção em carvão ativado
3.2.3. Processos de membrana
3.2.4. Evaporação
3.2.5. Aspersão sobre o solo
3.2.6. Coagulação, floculação, sedimentação ou flotação
3.2.7. Oxidação química
3.2.8. Processo foto-eletroquímico
3.2.9. Lagoas anaeróbias e lagoas facultativas
3.2.10. Tratamento conjunto em ETE
3.2.11. Recirculação de lixiviado
3.2.12. Tratamento em leito de vermicomposto
3.2.13. Processos biológicos aeróbios convencionais
3.2.13.1. Filtros percoladores
3.2.13.2. Contator biológico rotatório
3.2.13.3. Lagoas ou tanques de aeração mecânica
3.2.13.4. Lodos ativados
3.2.14. Processos biológicos anaeróbios convencionais
3.2.14.1. Reatores UASB
3.2.14.2. Filtros anaeróbios de fluxo ascendente
3.2.15. Banhados construídos
3.3. Padrão de emissão de efluentes
3.4. O Nitrogênio amoniacal e a Resolução No 357
3.5. Filtros anaeróbios seguidos de banhados construídos:justificativas
Capítulo 4 - MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Descrição geral
4.2. Estação de tratamento de lixiviado proposta originalmente
4.3. Estação de tratamento de lixiviado reformulada
4.4. Caracterização dos filtros
4.4.1. Dimensões
4.4.2. Tempo médio de detenção hidráulica nos filtros
4.4.3. Abastecimento dos filtros
4.4.4. Construção dos filtros
4.5. Caracterização dos banhados
4.5.1. Considerações iniciais
4.5.2. Banhado de fluxo subsuperficial
4.5.3. Banhado de fluxo superficial
4.5.4. Operação dos banhados construídos
4.5.5. Construção dos banhados
4.6. Análises e exames
4.6.1. Ensaios de caracterização
4.6.2. Ensaios de controle
Capítulo 5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Fase 1 - Filtros anaeróbios operados em série
5.2. Fase 2
5.2.1. Caracterização do lixiviado
5.2.2. Filtros anaeróbios operados em paralelo
5.2.2.1. DBO5,20, DQO, COT
5.2.2.2. N-amoniacal
5.2.2.3. Ácidos voláteis
5.2.2.4. Alcalinidade total
5.2.2.5. Bactérias heterotróficas
5.2.3. Banhados construídos
5.2.3.1. DBO5,20, DQO e COT
5.2.3.2. N-amoniacal
5.2.3.3. NTK
5.2.3.4. Nitrito
5.2.3.5. Nitrato
5.2.3.6. Registro fotográfico complementar
5.3. Investimento e custo operacional da CRR no tratamento
5.4. Intervenções estruturais já em execução no sistema de
tratamento
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
SUGESTÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS