As discussões giram em torno de duas questões gerais que se colocam na área: que tendências teórico-metodológicas têm sido observadas na sociolinguística brasileira atualmente? Que fenômenos se colocam como questões para as políticas linguísticas brasileiras?
A primeira parte do livro, intitulada “Variação e mudança: abordagens teóricas, metodologia de coleta de dados e fenômenos linguísticos em foco”, reúne sete textos que colocam em perspectiva aspectos de ordem teórico-metodológica e descritiva relacionados à constituição de amostras, delimitação de variáveis e descrição linguística a partir de interfaces teóricas, bem como aplicação de resultados.
Na segunda parte, intitulada “Política e planificação linguística”, cinco capítulos evidenciam como o campo está problematizando uma série de temas em que as línguas se tornam o lócus de disputas e debates políticos, quanto à norma, à questão jurídica, à construção da brasilidade, ao inglês como língua franca e às políticas de identidade de gênero. A abrangência temática revela a possibilidade de diferentes olhares sobre a relação entre língua e política, envolvendo desde os discursos oficiais e estatais, até as práticas educacionais e os movimentos identitários.
Professora do Departamento de Letras Vernáculas, do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe. Graduada em Letras, mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina, área de concentração Sociolinguística. Interesse pela investigação de fenômenos de variação e mudança linguística com ênfase nos aspectos socioestilísticos envolvidos, da emergência à regularização de seu uso, preferencialmente na interface funcionalismo/sociolinguística, em comunidades de práticas marcadas por relações de gênero. Foco em questões metodológicas relacionadas à coleta e constituição de amostras sociolinguísticas (gênese da entrevista sociolinguística; comunidades de fala e comunidades de práticas; modelagem e dimensionamento de amostras) e na dimensão estilística da variação. Avaliação de políticas públicas de avaliação em larga escala, com foco na aplicação dos resultados sociolinguísticos nos programas de ensino de língua materna (Provinha Brasil, Prova Brasil, ENEM).
Saiba maisProfessora do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina. Coordenadora institucional do projeto “Da expressividade na língua ao mal na literatura: bases institucionais de pesquisa do PPGL/UFS” (CAPES/FAPITEC). Realizou duas missões de pesquisa e docência na Universidade Federal de Sergipe.
Saiba maisProfessora do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou duas missões de pesquisa e docência na Universidade Federal de Sergipe pelo projeto “Da expressividade na língua ao mal na literatura: bases institucionais de pesquisa do PPGL/UFS”.
Saiba mais
PARTE I – VARIAÇÃO E MUDANÇA: ABORDAGENS TEÓRICAS, METODOLOGIA DE COLETA DE DADOS E FENÔMENOS LINGUÍSTICOS EM FOCO
1. AS VOGAIS MÉDIAS [e] E [o]: UM ESTUDO FONÉTICO-ACÚSTICO E COMPARATIVO
2. CORRELAÇÃO ENTRE ORDEM VERBO-SUJEITO E SUJEITO NULO: A TRAJETÓRIA DA MUDANÇA NO PORTUGUÊS DE SANTA CATARINA
3. AMBIGUIDADE ESTRUTURAL E VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA NÚMERO-PESSOA EM CLIVADAS CANÔNICAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
4. VARIAÇÃO DISCURSIVA: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA DELIMITAÇÃO DO ENVELOPE DE VARIAÇÃO
5. CONSTITUIÇÃO DE AMOSTRAS SOCIOLINGUÍSTICAS E O CONTROLE DE VARIÁVEIS PRAGMÁTICAS
6. METODOLOGIA DE COLETA DE DADOS EM ESCOLAS DA REDE PÚBLICA E PRIVADA DE ENSINO DE FLORIANÓPOLIS
7. AVALIAÇÃO E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: ESTEREÓTIPOS, MARCADORES E INDICADORES EM UMA COMUNIDADE ESCOLAR
PARTE 2 – POLÍTICA E PLANIFICAÇÃO LINGUÍSTICA
8. PROLEGÔMENOS PARA A COMPREENSÃO DOS DIREITOS LINGUÍSTICOS: UMA LEITURA A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
9. POLÍTICAS PATRIMONIAIS E PROJETOS NACIONALISTAS: LÍNGUAS E BRASILIDADE EM TELA
10. EM TERRENO MINADO: INCOERÊNCIAS E CONFLITOS IDEOLÓGICOS NOS DIZERES CIENTÍFICOS E MIDIÁTICOS SOBRE A NORMA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO
11. INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA: REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS DE ALUNOS E PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA NO BRASIL
12. SEXISMO E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DE GÊNERO
SOBRE OS AUTORES