Diálogos entre a Psicanálise e a Psicodinâmica do Trabalho
Honrar a vida pelo trabalho, isto é, desenvolver uma relação com o trabalhar que implique o sujeito de uma forma singular, por meio da qual ele se sinta contribuindo para a construção de sua comunidade, de sua cidade, de seu país e do mundo,
depende de um grau mínimo de emancipação e de liberdade na relação com os pares e com o objeto produzido. De outro modo, o que mais teremos serão pessoas deprimidas, ou no nosso entender, trabalhadores desanimados, no sentido mais
pleno de estar sem alma, sem desejo, sem entusiasmo no trabalhar. Se a alma não está presente no que se faz, nenhum trabalho vale à pena. Por isso, como afirma Christophe Dejours: é preciso reencantar o trabalho. É preciso que o trabalhar seja de fato parte da constituição identitária do sujeito, tanto no nível individual como no coletivo, possibilitando uma existência social afirmativa que não se reduza ao (não) ter e ao (não) consumir.
Introdução: Prolegômenos Epistemológicos – da Causalidade, da Posição Ética e da Metodologia
Freud e o Trabalho: Uma Releitura da Obra Social Freudiana à Luz do Trabalhar
A Psicodinâmica do Trabalho: Pulsão e Trabalho
Considerações Finais: Sobre Trabalho e Democracia
Referências Bibliográficas