O psicanalista D. W. Winnicott apresentou como marca pessoal o foco dado ao ambiente e aos cuidados iniciais fornecidos ao bebê, que reforçam a função do cuidador ou cuidadora principal como alicerce para a saúde emocional. Neste livro, Fernanda Cristina Dias apresenta, de maneira histórica e crítica, a complexa trama da identidade feminina na obra de Winnicott, apontando para as suas raízes, ligadas à relação de dependência inicial do bebê com o ambiente. A autora destrincha todos os tipos de dependência vividos ao longo da vida para então, apresentar o “feminino entre nós”, o elemento do self que fornece tessitura e entrelaçamento para o processo de construção da identidade e que, por sua vez, também será a base para o assentamento da sexualidade, condição necessária para que a experiência de “ser mulher” seja possível.
É psicóloga, psicanalista, especialista em Psicopatologia e Saúde Pública e mestra em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Dedica-se ao estudo da mulher e do feminino na psicanálise, com ênfase nos aspectos teórico-clínicos e na relação entre psicanálise e política, a partir das obras de Freud e Winnicott.
Saiba mais
Prefácio
Introdução: a origem de tudo entre nós
O problema da sexualidade feminina na teoria freudiana: uma questão em aberto
Quadro geral sobre o feminino e a mulher nos pós-freudianos: de continente inexplorado à ocupação de um terreno fértil para novos desenvolvimentos
Aspectos gerais do pensamento de Winnicott: do apartidarismo do Middle Group à defesa do lar comum
As noções de identidade e sexualidade feminina na teoria do desenvolvimento emocional de Winnicott
Análise histórico-crítica das referências de Winnicott à identidade feminina
Interpretação da construção da identidade feminina para Winnicott: perspectivas e lacunas deixadas pelo autor
Referências