Curitiba na Virada do Século XIX ao XX
A modernização da cidade de Curitiba na virada do século XIX para o século XX refletiu os ideais que fundamentaram a construção da identidade cultural paranaense. De cunho profundamente modernista, o Movimento Paranista criou uma idéia de região embasada no meio físico particular (clima mais ameno) e na raça (presença dos imigrantes europeus) que dariam à região uma perspectiva de futuro. Financiada pela explosão da indústria da erva mate, a urbanização curitibana criou um palco no qual a elite luso-brasileira desfilou elementos que demonstravam como a sociedade local se transformara em um ícone da modernidade. Reformas urbanísticas que alteraram os marcos coloniais e produziram um espaço repleto de praças e squares por onde passaram os primeiros artistas, fotógrafos, escritores e cineastas curitibanos, criando uma idéia de sociedade técnica e científica em pleno movimento, em um eurocentrismo mascarado de cosmopolitismo. Um espetáculo dos maquinismos modernos que construíram um novo imaginário social em uma modernização conservadora feita pela burguesia ervateira.
Curitibano, fez seus estudos de graduação em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e em História na Universidade Federal do Paraná. É especialista em História e Cidade (UFPR) e em Pensamento Contemporâneo (PUC/PR), Mestre em História do Brasil (UFPR) e Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). É professor de História do Direito dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito da Universidade Federal do Paraná. Atualmente pesquisa a cultura político-jurídica do Antigo Regime Português na América, em particular na Câmara de Curitiba e na Ouvidoria de Paranaguá do século XVIII.
Saiba mais
INTRODUÇÃO
PARTE I - ESPAÇO E IDENTIDADE
CAPÍTULO 1 - A INVENÇÃO DO PARANÁ: PARANISMO E MODERNIDADE
PARTE II - EXPERIÊNCIAS DE MODERNIDADE EM CURITIBA
CAPÍTULO 2 - A MODERNIDADE GRÁFICA E LITERÁRIA
2.1. A modernidade na impressão curitibana:
dos tipos móveis às revistas ilustradas
2.2. A Literatura Paranaense e a Identidade Regional
CAPÍTULO 3 - A MODERNIDADE URBANA
3.1. Do Largo da Ordem ao Passeio Público
3.2. A Cidade em Movimento: os Bondes
CAPÍTULO 4 - A MODERNIDADE NAS IMAGENS, ARTES E ESPETÁCULOS
4.1. As Imagens Modernas: a Fotografia e o Cinema em Curitiba
4.2. A arte local: Pinha, pinheiro e pinhão
4.3. A Cultura do Espetáculo: as Exposições
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ESPETÁCULO DOS MAQUINISMOS, O IMAGINÁRIO SOCIAL E OS LIMITES DA MODERNIZAÇÃO
FONTES