Formação, Desenvolvimento e Estruturação de Arranjos Prod. Locais

Na literatura contemporânea referente a Economia Industrial, Economia Regional e Geografia Econômica há diversos estudos sobre manifestações territoriais do tipo Arranjo Produtivo Local (APL), que surgem de forma espontânea, numa região, iniciadas pelo próprio local com base nos conhecimentos e nas habilidades dos agentes sociais e das empresas locais. Nesses estudos, a participação dos territórios, principalmente em relação ao espaço urbano, tem sido considerada uma questão importante, pois, é sabido que, o empresário, ao decidir produzir, busca se localizar em espaços mais dinâmicos, ou seja, onde, por um lado, há procura elevada para determinado tipo de especialização e, por outro, o aumento da procura torna-se forte atrativo para novos produtores. Assim, se um mercado urbano pouco dinâmico limita e condiciona o desenvolvimento das firmas aglomeradas em espaço restrito, então, como os APLs, nesses espaços, foram estruturados dentro de uma lógica territorial, de modo que se tornassem fatores de localização capazes de atrair e manter empresas relacionadas entre si? Para promover essa discussão, foram analisador quatro APLs, envolvendo a produção de móveis e confecção no Estado de Minas Gerais, buscando identificar como esses APLs se formaram, como se desenvolveram e como estão estruturados.