Presente em diversos aspectos da vida dos seres humanos, o design, através da sua manifestação em objetos, contribui para que os indivíduos se definam como grupos sociais, comuniquem-se e experimentem o mundo. As relações estabelecidas entre indivíduos e objetos vão além de questões econômicas e materiais, podendo ser entendidas como fenômenos sociais complexos, nos quais os aspectos intangíveis ganham relevância. Nesse contexto, faz-se necessário o melhor entendimento das possibilidades de associação entre aspectos físicos e culturais simbólicos e sua inserção em processos de desenvolvimento e de adaptação de produtos. Baseado nessa premissa, o autor visou demonstrar, sob uma perspectiva teórica, como a configuração de artefatos pode ser correlacionada a aspectos culturais. Assim, ao introduzir um modelo para a discussão acerca do entendimento de tal questão, chama a atenção para a necessidade de aprofundamento em temas associados aos aspectos culturais simbólicos existentes na relação estabelecida entre indivíduos e objetos. O pressuposto é de que em tal relação estão incrustadas as chaves para a diferenciação, o melhor desenvolvimento e a adaptação de produtos globais.
1. INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
1.2 Metodologia
2. DESIGN
2.1 A evolução conceitual do design
2.2 História do design de produtos: visão geral
2.3 Design e processo de desenvolvimento de novos produtos
2.4 Design e produtos globais: adaptação e padronização
2.5 Design orientado para o consumidor
2.6 Design sustentável e mercados internacionais
2.7 Posicionamento de produtos globais: modelos culturais
3. CULTURA
3.1 Noções acerca da origem da cultura
3.2 A cultura e seus reflexos no conceito de homem
3.3 Conceituação, história e concepções do termo cultura
3.4 Teorias sobre cultura na modernidade
3.5 Funcionamento cultural: determinismos culturais e visão de mundo
3.6 Cultura material: significado e identidade em objetos de uso
3.7 O mito como veículo de manifestação cultural simbólica
3.8 Caracterização das formas simbólicas
3.9 Valorização das formas simbólicas
3.10 Valorização simbólica em objetos de uso: constatações empíricas
3.11 Análise cultural
4. SEMIÓTICA
4.1 O termo semiótica
4.2 História da semiótica: visão geral
4.3 Charles Sanders Peirce: semiótica e fenomenologia
4.4 A conceituação lógica do signo
4.5 O sistema peirciano de classificação dos signos
4.6 Semiótica e objetos de uso
4.7 Denotação e conotação: significante e significado
4.8 Mito e semiologia: articulações simbólicas
4.9 Signos e objetos de uso
4.10 Análise semiótica
5. DESIGN-SEMIÓTICA-CULTURA
5.1 Foco
5.2 Os signos como ponto de convergência
5.3 Modelo das articulações dos signos em objetos de uso
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS