Este trabalho se propõe a investigar o processo definidor segundo uma abordagem sistêmica e, também, investigá-lo como capaz de acomodar o conceito de definição pragmático-flexiva - conceito esse que instala, dentro da teoria das definições, a realidade fenomênica dos objetos-de-discurso, frutos do processo de referenciação enquanto objetos flexivos - são fatores que se mostram merecedores de estudo mais detalhado, aqui intentado. Trata-se, portanto, de responder à seguinte questão-chave: uma vez que, segundo nossa compreensão, não convém contrapor o conceito de objeto-de-discurso (fruto da referenciação) ao conceito de objeto-de-realidade (fruto da referência), mas sim harmonizá-los sistemicamente, qual o conceito adequado e bastante de definição, capaz de atender à inegável relação entre tais objetos, especialmente segundo as condições de produção das línguas naturais?
A resposta a essa questão é construída ao longo deste trabalho. Nesse sentido, alertamos o leitor sobre uma particularidade deste texto: evitaremos uma visão compartimentada dos assuntos tratados, de modo a buscar - à custa de um certo grau de reiteração e dispersão das matérias tratadas - uma compreensão mais adequada das noções em discussão. Nesse sentido, valemo-nos de uma bibliografia não extensa que, contudo, foi explorada com cuidado, mesclando-a com nossas considerações pessoais, visando, antes de tudo, o didatismo da exposição.
Por fim, queremos registrar que, para exemplificar conceitos e definições, valemo-nos -embora não exclusivamente - do material registrado pelo Projeto NURC/SP.
Bacharelado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (1998), bacharelado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2005), mestrado em Letras Clássicas e Vernáculas pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (2006).
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