Psiquiatra e psicanalista, foi pioneiro no tratamento psicanalítico de criminosos. Amplamente conhecido como Hyatt, era uma pessoa calorosa, enérgica e otimista, tanto infantil quanto paternal. Acreditava firmemente que mesmo os criminosos mais endurecidos, incluindo assassinos para os quais não havia chance de reparação direta, poderiam ser ajudados a trabalhar em seu sentimento de culpa e modificar suas tendências destrutivas, e se dedicaria em grande medida a tratá-los. Durante a década de 1950, Hyatt começou a se envolver com o tratamento de criminosos na prisão de Wormwood Scrubs, no oeste de Londres, cuja fachada ilustra a capa deste volume. Este se tornou seu campo de trabalho mais significativo. Sem dúvida por motivos pessoais, mas também para ajudá-lo a lidar com a destrutividade de alguns de seus pacientes, ele voltou à análise, primeiro com Melanie Klein – como um de seus dois últimos pacientes – e depois, após a morte dela, em 1960, com Hanna Segal. Em 1962, o seu trabalho nas prisões foi complementado com a sua participação na equipe da Clínica Tavistock, em Hampstead, norte de Londres, como psiquiatra consultor e, posteriormente, presidente do departamento de adolescentes (1969-1978). Ele desempenhou um importante papel no reconhecimento da adolescência como uma entidade específica, e não apenas como um período de espera intermediário entre a infância e a idade adulta. Seu trabalho psicanalítico incluiu o tratamento de adolescentes e adultos apresentando uma ampla gama de dificuldades.