A presente pesquisa representa esforço para a compreensão do fenômeno da prática da conservação urbana na cidade do Rio de Janeiro, tendo por referência todo o processo que a originou na Europa do século XX, e seus respectivos reflexos no Brasil. O desenvolvimento da conservação urbana no contexto urbanístico carioca destaca a pioneira experiência de criação de um instrumento voltado especificamente para este fim, as Áreas de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), que incluiu estratégias para a inserção de áreas históricas na gestão dos espaços da cidade. Por outro lado, como contraponto ao seu surgimento observa-se a falta de compreensão plena dos seus reais objetivos por parte de comunidades de bairros da cidade e, principalmente, pelo poder público municipal. O recorte temporal adotado baseou-se na trajetória estabelecida pelos primórdios da criação do Corredor Cultural (1979), uma das primeiras iniciativas concretas de conservação de parte do centro da cidade, após anos de renovação urbana, justificada pela expansão viária e verticalização; e a criação da APAC do bairro do Humaitá (2006), última iniciativa legal de conservação de um bairro carioca.
Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula (1985), mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997) e doutorado em urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU), do Instituto de Tecnologia (IT) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de restauração do patrimônio cultural, com ênfase em conservação urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação urbana, patrimônio cultural urbano, restauração de edificações, conservação de áreas urbanas e arquitetura.
Saiba mais
Introdução
I Quadro histórico
II A formação do pensamento preservacionista na América Latina e no Brasil a partir das cidades
III O sítio urbano como monumento
IV A política carioca de patrimônio cultural
V A visão de técnicos da prefeitura da cidade, do ministério público estadual e agentes imobiliários sobre os efeitos da aplicação das APACS desde o seu surgimento aos dias de hoje
VI Uma proposta de metodologia de monitoramento de APACS: o caso da APAC Leblon
Considerações Finais
Bibliografia
Anexos
Anexo I Histórico das APACs da área central e demais bairros da zona sul
Anexo II Análise e interpretação dos dados coletados na pesquisa de campo, realizada com moradores do bairro do Leblon