O Poeta Fernando Pessoa (1888-1935), um dos mais controvertidos artistas do século XX, declarava-se um cristão gnóstico. Apesar disso, não se alinhou a nenhuma instituição religiosa e/ou doutrina estabelecida. Mas, teve na dimensão religiosa sua temática preferida. A proposta deste trabalho é compreender a religiosidade em Pessoa por meio da leitura de imagens suscitadas a partir da leitura da sua obra, e assim evidenciar em sua vasta produção significações poéticas que podem ser associadas a signos de religiosidade, seja em seu conteúdo manifesto ou no conteúdo latente de sua obra. Entendendo que Pessoa, e todos os seus personagens criados por intermédio da heteronímia, fez uso em sua escrita da linguagem simbólica dos mais distintos universos religiosos para compor sua própria forma de religiosidade. Visualiza-se que esta é pluriforme e talvez objetivasse contrariar os limites sociais estabelecidos para o exercício da fé.
Mestre em Ciências com Bacharelado em Sociologia e licenciatura plena em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é Professor de Instituições Privadas de Ensino Superior em Natal/RN e de escola da Rede Pública (Ensino Médio). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Antropologia e Sociologia da Religião; Antropologia da Literatura e da Arte; Itinerário Intelectual e Etnografia do Saber.
Saiba mais
1 - Introdução a título de ensaio ou ensaio a título de introdução
2 - Pessoa: um p(r)o(f)eta além da missão patriótica
3 - Caeiro, Deus e a Beleza
4 - Reis: limites para o conhecimento e abertura para o inefável
5 - Campos: sobre religiões e confeitaria
6 - As pessoas do Pessoa e a religiosidade "fingida"
7 - (In)Conclusões
8 - Referências