Uma frase do autor resume profundamente o conteúdo deste livro: “Linguagem e reconhecimento são o ponto de partida de meus interesses de estudo em diferentes contextos e gêneros epistemológicos da literatura psicanalítica”. Os interesses se revelam página após página, de forma cuidadosamente elaborada, dando oportunidade ao leitor de participar de uma sofisticada percepção dos instrumentos utilizados pelo psicanalista em seu trabalho. De forma dialógica, Péricles nos provoca o pensamento e nos prepara para o seu contato com W. R. Bion com a proposta fundamental de revelar a linguagem das tormentas emocionais e como o analista precisa desenvolver recursos cada vez mais sofisticados para dar conta da realidade complexa da mente humana.
Arnaldo Chuster
Psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) e da International Psychoanalytical Association (IPA). Doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Psicologia Social pela USP e pela Birkbeck College, University of London. Pesquisador e autor de trabalhos científicos no campo da clínica psicanalítica e na interface da psicanálise com a cultura. Atualmente, é membro do corpo editorial da Revista Brasileira de Psicanálise.
Prefácio
Anne Lise Di Moisè Scappaticci
Prelúdio
Once upon never: a linguagem perdida das gruas
Terra seca, broto verde: a linguagem dos fragmentos
Plunct, plact, humpf: a linguagem do indizível
Águas paradas, um rio que corre: a linguagem das tormentas
Sobrevivência, reconhecimento: a linguagem do repouso
Epílogo (ou a inesperada virtude da frustração)
Referências